É muito fácil gostar daquele gato que te leva café na cama. É muito simples se apaixonar pela garota que, sorrindo, dança pra você na pista (no supermercado, no banho). É muito fácil amar quando está tudo (e todo mundo) facinho. Mas como diriam as comadres: vai comer um saco de sal com a pessoa?! É na hora em que somos roubados, em que erramos o caminho ou quebramos um braço que a coisa pega. Maquiada de shortinho curto e decote fica difícil resistir, mas e sentada no boxe, chorando sem motivo aparente? Fritando um ovo sem camisa rende foto no Instagram, mas e gripado, tossindo e catarrento?
Amar é suportar. É pensar que seus filhos terão aqueles defeitos e achar OK. É saber que você estava certo desde o começo, mas conseguir segurar o “eu não disse?”, que coça na garganta. Amar é tampar a pasta de dente todo santo dia e resignar-se; é repetir cem vezes que você não gosta de orégano; e tocar a campainha sem raiva quando a chave está (mais uma vez) lhe impedindo de abrir a porta. Amar é juntar um punhado de perrengues, com pitadas de mau humor e um bom tanto de chatice e achar que, mesmo assim, vale a pena!
Copiado de: Lia Bock - TPM
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